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Encontros de Cascais

Defesa nacional: “Gastar mais, gastar melhor e comprar europeu”

Os VI Encontros de Cascais reuniram na Cidadela de Cascais, entre sexta-feira e sábado, algumas dezenas de líderes de empresas e fundações, gestores, professores universitários, políticos, antigos ministros, autarcas e diplomatas. O objetivo era discutir os grandes temas da atualidade. A política de Defesa Nacional foi o tema do segundo painel. Nos próximos dias vamos publicar resumos dos restantes debates, dedicados à política de imigração e sociedade civil

Nuno Fox

Depois de anos secundarizada, a política de defesa nacional e a necessidade de maior investimento no sector voltaram a ser considerados essenciais e prioritários com a guerra a leste e, mais recentemente, com a eleição de Donald Trump para a Casa Branca. Este foi o segundo tema em debate nos VI Encontros de Cascais, em que os oradores convidados foram o general do Exército Luís Valença Pinto, antigo Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, e Nuno Severiano Teixeira e antigo ministro da Defesa.

O debate começou com alertas e lamentos: as Forças Armadas foram sentindo dificuldades crescentes com o fim da guerra fria. E no tempo da troika essa tendência acentuou-se, agravando-se ainda mais com o desinteresse na década seguinte.

A situação na Europa é de guerra. Não estamos em guerra contra ninguém, mas outros estão em guerra connosco. Fala-se, claro está, da Federação Russa. Mas a instabilidade não é só no Leste. É no Médio Oriente. É no Sahel. A Europa deve tomar nas suas mãos a sua defesa. Já surgem sinais em relação a isso. Ainda relativamente tímidos.