Depois de anos secundarizada, a política de defesa nacional e a necessidade de maior investimento no sector voltaram a ser considerados essenciais e prioritários com a guerra a leste e, mais recentemente, com a eleição de Donald Trump para a Casa Branca. Este foi o segundo tema em debate nos VI Encontros de Cascais, em que os oradores convidados foram o general do Exército Luís Valença Pinto, antigo Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, e Nuno Severiano Teixeira e antigo ministro da Defesa.
O debate começou com alertas e lamentos: as Forças Armadas foram sentindo dificuldades crescentes com o fim da guerra fria. E no tempo da troika essa tendência acentuou-se, agravando-se ainda mais com o desinteresse na década seguinte.
A situação na Europa é de guerra. Não estamos em guerra contra ninguém, mas outros estão em guerra connosco. Fala-se, claro está, da Federação Russa. Mas a instabilidade não é só no Leste. É no Médio Oriente. É no Sahel. A Europa deve tomar nas suas mãos a sua defesa. Já surgem sinais em relação a isso. Ainda relativamente tímidos.