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Pedro Mexia

O nome e a coisa

Se nove décimos dos Republicanos tinham votado em Trump, então havia algo de errado com os Republicanos ou até com o conservadorismo americano

O pai de Max Boot, cidadão da Rússia soviética, exilou-se nos Estados Unidos em 1973, fugido ao KGB. O filho chegou com a mãe três anos depois e instalaram-se em Los Angeles. O jovem Max ganhou consciência política durante o reaganismo, estudou em universidades progressistas como Berkeley e Yale, e leu tudo o que um intelectual conservador lia na América desse tempo, a “National Review” de William Buckley, os ensaios e antologias de Russell Kirk, os artigos de George F. Will. Tornou-se historiador militar, jornalista e colunista. Escreveu para “The Wall Street Journal”, “The Weekly Standard”, a “Commentary”. E aconselhou várias figuras do Partido Republicano, no qual se filiou. Mas depois aconteceram as eleições de 2016. E Boot sentiu-se desmoralizado. Desfiliou-se, afastou-se, abjurou. Se nove décimos dos republicanos tinham votado em Trump, às vezes os mesmos que antes lhe chamavam bufão e sociopata, então havia algo de errado com os republicanos, ou até com o conservadorismo americano.

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