Eléctrico, petulante, impetuoso, difícil, independente, distante, agressivo, glacial, os adjectivos que as pessoas usam para descrever Alain Delon sugerem sempre uma masculinidade perigosa. Truffaut chegou a dizer-lhe que nunca quis trabalhar com ele porque tinha medo dele. Essa masculinidade fria e atraente, bem espelhada nos olhos azuis metálicos, fez de Delon ‘o homem’ do cinema francês do pós-guerra, no mesmo sentido em que Bardot era ‘a mulher’, maravilhas genéticas da nossa idade. Bardot, justamente, que contracenou com ele em filmes menores, queixava-se há tempos dos actores franceses de agora, barbudos, carecas, malprontos: “Já não há Delons.”
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