Sinceramente, não sei como é que conseguem. Abro o menu da Netflix e fico esmagado com a quantidade de séries, filmes e documentários que me dizem ser obrigatórios, que tenho mesmo de ver para poder socializar. Para mais, sei como é que estes tipos da Netflix fazem render o peixe: entre travellings e planos nostálgicos, esticam a narrativa a seis episódios de uma hora. Tenho lá seis horas para gastar numa série que podia ter hora e meia! Vejo o trailer, capto o tom, o estilo, a onda da coisa. Tiro-lhe a pinta. Às vezes, fico-me por 15 minutos do primeiro episódio. O habitual é gastar meia hora a tentar escolher qualquer coisa e não me decidir. E ainda falta dar a volta à Prime, à Apple, à HBO Max e à Sky — tudo streamings que tenho “porque tenho de ter”. Mas fico bloqueado neste absurdo excesso de oferta. Ou melhor: acabo muitas vezes por ir espreitar se está a dar alguma coisa parva no velho Canal História.
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Esqueçam os peritos. Confiem nas entranhas
Passamos horas sem conseguir decidir. Paralisados. Devido ao excesso de oferta na Netflix ou no hipermercado. Para o Presidente dos EUA, bastam as entranhas para decidir. Especialistas são um entrave