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Opinião

Um reformista no Banco de Portugal

O Banco de Portugal também precisa de reformas, mas a principal de todas é manter a sua missão. Ou seja, a sua independência

É muito injusto resumir a passagem de Álvaro Santos Pereira pelo Governo de Passos Coelho, entre 2011 e 2013, à proposta de internacionalização do pastel de nata. Tem piada, mas ele fez muito mais do que isso. Tentou reformar. A palavra reformar é mesmo a mais usada na sua bibliografia, com mais de 20 anos. Depois de sair do Governo escreveu um livro inevitavelmente intitulado “Reformar Sem Medo”, que é um verdadeiro libelo à dificuldade de reformar em Portugal. Uma leitura obrigatória para Luís Montenegro, outro reformista, que o escolheu para governador do Banco de Portugal.