Depois da invasão da Crimeia, em 2014, e da indiferença dos EUA presididos por Obama; depois do avanço russo sobre Kiev em 2022 e do apoio tímido de Biden à Ucrânia, que tem impedido a vitória russa mas é insuficiente para permitir a vitória ucraniana, eis que chega a era de Donald Trump e negociações diretas dos EUA com a Rússia esta semana, em Riade, em que nem a Europa nem a Ucrânia foram tidas ou achadas. Durante estes 11 anos as nações europeias pensaram, falaram, discutiram, mas pouco fizeram para se preparar para duas possibilidades crescentemente prováveis: terem de se defender por meios militares contra uma agressão russa e terem de o fazer sozinhas, sem contar com o apoio dos EUA.
Ainda esta segunda-feira Emmanuel Macron presidiu a uma cimeira de emergência em Paris, com a Alemanha, a Dinamarca, Espanha, os Países Baixos, Itália, a Polónia, o Reino Unido, a NATO e a União Europeia, na esperança de que saísse daí uma posição forte comum, mas que resultou… em nada.
Exclusivo
Gastos na defesa europeia
A Europa gasta tanto dinheiro em tantos programas e tantos objetivos, mas quando se chega à defesa a relutância e a hesitação estão a comprometer a nossa prosperidade e defesa