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Opinião

Lisboa e Porto não podem ser enclaves de estrangeiros ricos

Nós, portugueses, somos esmagados pela maior carga fiscal de sempre do Estado socialista. Mas, ao lado, o mesmo Estado socialista veste roupas anarco-capitalistas e permite que um reformado europeu pague só 10% ou que um “nómada digital” americano pague só 20%. Estes estrangeiros têm acesso aos serviços sociais, ao país inteiro que nós pagamos e ainda por cima ficam com todas as casas, atirando-nos para as piores casas das piores zonas, tornando-nos ainda mais pobres e cansados

O mercado serve a comunidade, e não o inverso. O Estado serve os cidadãos, não o inverso. Mas, na questão da habitação, alguma coisa está profundamente errada na forma como os governos portugueses têm defendido o interesse dos portugueses. De forma cada vez mais nítida, os portugueses, sobretudo lisboetas e portuenses, sentem-se estrangeiros nas suas próprias cidades.