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Opinião

Contra a política de emboscada e a ‘futebolização’ dos partidos

Acresce que sendo o Parlamento sede da democracia e do debate político (para mais, com Governos minoritários), é importante que o líder da oposição seja deputado e tenha o seu grupo parlamentar

Compreendo que os partidos, sobretudo partidos de poder como PS e PSD, têm por missão vencer eleições. Mas já compreendo mal a ideia de correr com o treinador... perdão, com o líder, cada vez que o objetivo não é cumprido.

O hábito é próprio de uma democracia mal estruturada, primitiva. Em maio de 2014, António Costa fez uma dessas jogadas, ao considerar que o então secretário-geral do PS, António José Seguro, ganhou por ‘poucochinho’ umas europeias. Nas legislativas do ano seguinte Costa não ganhou por pouco nem por muito — perdeu! Mas com a ‘geringonça’ formou Governo e isso aguentou-o. Se a aritmética fosse diferente, teria Costa sido corrido?

Ninguém sabe, como não se sabe se a situação do país seria igual, melhor ou pior caso Seguro tivesse chegado a 2015. Ganharia a Passos? Perderia? Faria uma ‘geringonça’?

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