O Partido dos Trabalhadores do Brasil, liderado pelo Presidente Lula da Silva, condenou os "ataques inaceitáveis" contra civis por parte do Hamas, mas também o "genocídio contra a população de Gaza" promovido pelo Estado de Israel.
A direção nacional do partido no poder no Brasil e o maior partido de esquerda da América Latina, depois de uma reunião na segunda-feira em Brasília, emitiu uma resolução sobre a situação atual na Palestina e em Israel, na qual condenou os ataques de ambos os lados e reiterou o seu apoio à luta do povo palestiniano pela soberania e a coexistência de dois estados.
"Condenamos os ataques inaceitáveis, assassinatos e sequestro de civis, cometidos tanto pelo Hamas quanto pelo Estado de Israel, que realiza, neste exato momento, um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra", lê-se no comunicado divulgado no site do partido.
Apesar de se dissociar do governo brasileiro, abstendo-se de classificar o Hamas como um grupo "terrorista", o PT negou que tenha ligações com essa organização e esclareceu que tem relações partidárias exclusivamente com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e a Autoridade Nacional Palestiniana.
"O PT historicamente mantém relações partidárias unicamente com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), assim como com a Autoridade Nacional Palestina sediada em Ramallah", lê-se na mesma nota.
O partido que Lula da Silva ajudou a fundar afirmou que, desde os anos 80, apoia a luta do povo palestiniano pela soberania nacional, mas também a resolução da ONU que prevê a coexistência de dois Estados nacionais, Palestina e Israel.
Defendeu ainda o direito da Palestina a condições de desenvolvimento e a uma economia viável, bem como a busca de uma convivência pacífica entre os dois povos.
O PT destacou os esforços do Governo de Lula da Silva para repatriar brasileiros que estão na região de conflito e para promover o acesso à ajuda humanitária na região da Faixa de Gaza e defendeu, ainda a libertação imediata dos reféns civis.