Guerra no Médio Oriente

Hutis atacaram "objetivos estratégicos” de Israel com 'drones' e míssil hipersónico intercetado pelas IDF

O porta-voz militar do grupo xiita pró-iraniano, Yahya Sarea, afirmou em comunicado ter sido executada "uma operação de alta qualidade, com um míssil balístico hipersónico tipo Palestina-2, contra un objetivo estratégico do inimigo israelita

Rebeldes armados hutis comparecem a um cortejo fúnebre para as vítimas de um ataque aéreo norte-americano em Sanaa
Getty Images

Os rebeldes hutis do Iémen atacaram na terça-feira "objetivos estratégicos" israelitas, com 'drones' (aeronaves telecomandadas) e um míssil balístico hipersónico, o qual foi intercetado pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla inglesa).

O porta-voz militar do grupo xiita pró-iraniano, Yahya Sarea, afirmou em comunicado ter sido executada "uma operação de alta qualidade, com um míssil balístico hipersónico tipo Palestina-2, contra un objetivo estratégico do inimigo israelita na região ocupada de Yafa" (Telavive).

Sarea anunciou ainda outro ataque "com 'drones', que teve como alvo o que se denomina como aeroporto Ramon, em Umm al Rashrash" (no turístico golfo de Eilat/Ácaba), acrescentando que foram alcançados os "objetivos estratégicos com êxito, graças a Deus (Alá)".

Antes, as IDF tinham declarado a interceção de um míssil lançado do Iémen, que ativou as sirenes antiaéreas em Jerusalém e noutras zonas de Israel, depois de aviões israelitas terem bombardeado, na terça-feira, o porto da cidade de Hodeida, na costa do mar Vermelho do Iémen.

Desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pela ofensiva do movimento islamista Hamas em Israel, em 07 de outubro de 2023, os hutis multiplicaram disparos de mísseis e 'drones' contra território hebraico.

Visaram também navios comerciais ligados a Israel, ao largo do Iémen, alegando agir em solidariedade com a Palestina.

Em resposta, Israel lançou várias vagas de ataques aéreos mortais no Iémen, atingindo portos, centrais elétricas e o aeroporto internacional de Sana.

Um ataque israelita contra uma reunião em Sana em 28 de agosto matou o chefe do governo dos hutis, Ahmad Ghaleb al-Rahwi, nove ministros e mais duas pessoas.

Israel anunciou em 10 de setembro novos bombardeamentos contra "alvos militares" dos hutis em Sana e na província de Jawf (norte), que, segundo os rebeldes, provocaram 46 mortos.

Os rebeldes controlam atualmente vastas áreas do Iémen, em guerra desde 2014.

O governo iemenita reconhecido internacionalmente mantém-se instalado em Aden, a principal cidade do sul daquele país.