À semelhança do que aconteceu em 2022, o Acelerador de Sustentabilidade realiza este ano mais 6 sessões de formação. Cada uma destas sessões tem um tema diferente, sendo que os temas da reindustrialização e da sustentabilidade já foram publicados e podem ser consultados AQUI e AQUI, respetivamente.
A sessão que hoje divulgamos foi orientada pelos seguintes formadores:
- Luis Veiga Martins, CSO da Nova School of Business and Economics
- Jerónimo Meira da Cunha, Diretor de Energy & Resources da EY
- Ana Saraiva, Consultora de Inovação da Beta-i
- Ana Rosas Oliveira, Diretora executiva do BPI
Acelerador de Sustentabilidade: Energia
Saiba quais são os pontos-chave sobre esta temática e o que podem as empresas começar já a fazer:
- De acordo com as previsões, iremos ter mais 2 biliões de pessoas a viver no planeta em 2050 e este facto representa um dos grandes desafios da humanidade ;
- Outro dos grandes desafios que enfrentamos é a questão das alterações climáticas e o aquecimento global ;
- Por último, o terceiro grande desafio centra-se na sustentabilidade e em como conciliar o aumento de produção com os três pilares da sustentabilidade: económico, social e ambiental;
- “Para fazer face ao desafio das alterações climáticas temos que caminhar para um cenário de emissões líquidas de CO2 iguais a zero”, explica Luis Veiga Martins, CSO da Nova School of Business and Economics;
- A combustão de carvão, gás e petróleo gera 86% das emissões de CO2, sendo por isso imperativo atuar no sector de energia em três categorias: fonte da energia, utilização e aplicação;
- Em 2050, as previsões apontam para que a eletricidade seja a principal fonte de energia;
- A grande tendência é uma transição cada vez mais acelerada para energias limpas;
- De 2021 para 2022 houve um aumento de 10% do investimento nesta transição;
- Espera-se que que os automóveis elétricos sejam seis vezes mais em 2030 e as energias renováveis representem cerca de 60% da produção de energia;
- Materiais como o cobre, lítio, cobalto e níquel estão a mudar todo o paradigma da segurança energética;
- “Alcançar a tão desejada neutralidade carbónica exige o compromisso de todos os sectores de atividade", afirma Jerónimo Meira da Cunha, diretor de Energy & Resources da EY
- Portugal está hoje muito melhor posicionado porque dispõe de um sistema electroprodutor de base fortemente renovável pelo que o reforço de eletrificação dos consumos deve ser uma das principais ferramentas de descarbonização;
- Neste contexto de transição, é importante o conceito de autoconsumo de energia das empresas que permite que estas produzam, consumam, armazenem e partilhem energia renovável;
- Entre 2019 e maio de 2023, a capacidade instalada em sistemas de autoconsumo com base em solar fotovoltaico aumentou mais de 300%;
- Assegurar a melhoria da gestão do consumo de energia é igualmente importante, através da redução dos consumos e custos associados ao funcionamento das empresas;
- A requalificação dos trabalhadores é também crucial nesta transição;
- “80% da energia a nível mundial provém, atualmente, de combustíveis fósseis”, lembra Ana Saraiva, consultora de Inovação da Beta-i, e o que se pretende é que haja cada vez mais utilização de gás, sendo que esta é a matéria-prima que temos disponível atualmente;
- Espera-se que, em 2050, as instalações que trabalham o gás sejam transformadas na queima de combustíveis verdes como o biometano e o hidrogénio;
- A inovação está a mudar o paradigma das empresas com o aparecimento de novas cadeias de valor (descentralização da energia, por exemplo), comunidades de energia e soluções digitais;
- A inovação apresenta ferramentas e soluções que nos vão ajudar a caminhar para uma matriz verde, mais limpa e eficiente;
- “A transição energética deve ser encarada como um esforço coletivo”, sublinha Ana Rosas Oliveira, diretora executiva do BPI;
- Os principais eixos da transição energética assentam na eficiência energética, produção e armazenamento de energias renováveis e a descarbonização da indústria e - tudo isto - implica investimentos elevados;
- O país tem cerca de €50 mil milhões disponíveis, sendo que €15 mil milhões estão destinados às empresas;
- Principais programas de fundos públicos para as empresas são: o PRR (€7,5 mil milhões) e o Portugal 2030 (€6 mil milhões);
- Adicionalmente, o governo aprovou um programa de benefícios e os financiamentos podem ir até €150 milhões, até ao final de 2027;
- Ao nível europeu, há financiamento ao abrigo do Fundo de Inovação e do Horizonte Europa;
- O BPI tem um Portal de Apoio Públicos, uma ferramenta intuitiva, ágil, completa e de acesso gratuito com o objetivo de informar as empresas;
- A Linha BPI ESG Empresas na sua componente ambiental é umas das opções que a banca disponibiliza.
O Acelerador de Sustentabilidade é uma iniciativa do Expresso e do BPI que consiste na realização de sessões de formação (workshops online) onde se apresentam estratégias, conselhos e passos para descarbonizar e ter um negócio sustentável, dentro daquilo que são os objetivos europeus e mundiais.