Trabalho

Aumentos dos salários e pensões: manifestações hoje em Lisboa e no Porto

CGTP exige um aumento salarial de pelo menos 15%, num mínimo de 150 euros para todos os trabalhadores a partir de janeiro de 2025, bem como o aumento do salário mínimo nacional dos atuais 820 para mil euros

Tiago Oliveira, líder da CGTP, na manifestação organizada pela central no último 1º de maio
ANTQNIO PEDRO FERREIRA

Milhares de trabalhadores vão manifestar-se hoje em Lisboa e no Porto, em concentrações convocadas pela CGTP, para reivindicarem aumentos dos salários e das pensões.

Em Lisboa, a concentração está prevista para as 15h no Cais do Sodré e termina nos Restauradores; no Porto, começa esta manhãna Praça da República e termina na Praça dos Leões.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral da CGTP disse esperar "uma grande manifestação nacional", explicando que o protesto é dirigido tanto ao setor público como ao privado e marca o fim de "um mês de mobilização, de reivindicação e de luta com centenas de plenários" sob o mote “Aumentar os salários e as pensões/Defender os serviços públicos e as funções sociais do Estado/Resolver os problemas do País”.

Para assegurar a participação dos trabalhadores que trabalham ao fim de semana, foram emitidos vários pré-avisos de greve, como é o caso do setor do comércio, escritórios, o setor da indústria ou da hotelaria.

À Lusa, Tiago Oliveira avisou ainda que a CGTP vai estar "muito atenta" à discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) e que "mediante aquilo que for a avaliação" decidirá "a necessidade ou não de continuar a ação" de luta, não descartando, assim, novos protestos ou até greves.

No caderno reivindicativo, a CGTP exige um aumento salarial de pelo menos 15%, num mínimo de 150 euros para todos os trabalhadores a partir de janeiro do próximo ano, bem como o aumento do salário mínimo nacional dos atuais 820 euros para 1.000 euros.

O acordo assinado em sede de Concertação Social entre a UGT, as quatro confederações empresariais e o Governo, prevê que o salário mínimo nacional suba para 870 euros em 2025. A CGTP ficou de fora do acordo.