O secretário-geral da UGT (União Geral de Trabalhadores), Mário Mourão, considera que há condições para aumentar o salário mínimo nacional no próximo ano, face aos 855 euros que estão previstos.
“O ordenado mínimo para 2025 está estabelecido em 855 euros. A UGT acha, face aos indicadores que nos chegam, que pode ir por exemplo para os 890, e em 2026 ultrapassarmos os 900 euros”, disse, em entrevista ao programa Conversa Capital da Antena 1 e do Jornal de Negócios.
O secretário-geral da UGT defendeu também a necessidade de “trabalhar” no aumento do salário médio, “porque senão poderemos ser um país de salários mínimos e a UGT não quer isso”.
De acordo com Mário Mourão, isso “depende da administração coletiva”, ou seja, só se consegue ao intensificar a contratação coletiva e eliminar os benefícios fiscais para as empresas que não cumpram.
Questionado sobre o novo aeroporto, a ser construído em Alcochete como anunciou o Governo esta semana, o responsável elogiou o facto de ter sido tomada “finalmente uma decisão”.
Mas acrescentou que a UGT vai estar atenta à atuação das empresas contratadas para a construção do aeroporto. “Geralmente nestas grandes obras há tendência para que se feche os olhos à lei laboral e aos direitos dos trabalhadores. Não é aconselhável nem desejável que aconteça”, rematou.