O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, vai candidatar-se ao Senado australiano, anunciou hoje a organização através do Twitter.
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A atual situação legal do australiano de 40 anos não o impede de concorrer às eleições e disputar um lugar na câmara alta da Austrália, segundo o portal do WikiLeaks.
"Descobrimos que é possível a Julian Assange candidatar-se ao Senado australiano enquanto estiver detido. Julian decidiu concorrer", escreveu a organização no Twitter.
O WikiLeaks informou ainda que Assange estaria interessado em candidatar-se ao cargo de primeiro-ministro atualmente ocupado por Julia Gillard, nas eleições previstas para 2013.
"O estado pelo qual Julian irá candidatar-se será anunciado no devido tempo", acrescentou o WikiLeaks.
O Governo australiano já criticou o portal diversas vezes, com Gillard a considerar a divulgação de telegramas diplomáticos norte-americanos como "extremamente irresponsável".
Prisão domiciliária desde 2010
Assange aguarda decisão do tribunal britânico sobre o seu recurso contra a extradição do Reino Unido para a Suécia por alegadas violação e agressão sexual.
Em prisão domiciliária desde que foi detido a 7 de dezembro de 2010 na capital britânica, Assange nega as acusações e alega que emambos os casos as relações sexuais foram consensuais, tendo-se ainda queixado de motivações políticas na origem do processo.
A detenção de Assange ocorreu semanas depois de o WikiLeaks ter começado a divulgar um total de 250 mil telegramas diplomáticos norte-americanos.
Se perder, o informático pode ainda recorrer para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.