Em finais de maio, a justiça britânica deu sinal verde à extradição de Julien Assange para a Suécia, mas a decisão foi adiada a pedido dos advogados do australiano. Hoje, o fundador do WikiLeaks pediu ao Supremo - máxima instância judicial no Reino Unido - para reabrir o seu caso, numa derradeira tentativa para não ser extraditado.
Um porta-voz do tribunal em Londres confirmou que foram recebidos os documentos apresentados pela defesa, a pedido do jornalista e ativista. Julien Assange, 41 anos, é acusado pela justiça sueca por vários crimes sexuais.
Adiamento da decisão
Julien Assange foi detido em Londres a 7 de dezembro de 2010, devido a uma ordem de extradição emitida pela Suécia, onde é acusado por três crimes de agressão sexual e um de abuso sexual de duas mulheres suecas, que terão ocorrido em agosto de 2010.
Assange sempre negou ter praticado os crimes, alegando que as acusações de que é alvo têm motivações políticas. No dia 30 de maio passado, o Supremo britânico deu sinal verde para que o ativista seja extraditado para a Suécia, recusando o recurso apresentado pelo ativista e confirmando decisões anteriores de tribunais de primeira instância.
A aplicação da extradição foi, porém, adiada, a pedido da defesa de Assange que, com base num termo técnico legal, afirmam que a Convenção de Viena não foi discutida em termos de tratados e leis durante o processo legal, apenas especificada na decisão final.
Os advogados de Assange alegaram sempre, até aqui sem sucesso, que o mandado de extradição emitido pela Suécia não é válido por ter sido assinado por um procurador, e não por um juiz.