A atriz franco-italiana Claudia Cardinale morreu esta terça-feira aos 87 anos, avança o jornal francês "Le Figaro". Cardinale é reconhecida como uma das principais figuras do cinema europeu, tendo trabalhado com nomes como Alain Delon e Henri Fonda.
"Ela deixa-nos o legado de uma mulher livre e inspirada, tanto na sua trajetória como mulher, quanto como artista", afirmou o seu agente Laurent Savry numa mensagem enviada à AFP.
Nascida em Tunis, capital da Tunísia, em 1938, Claudia Cardinale iniciou sua carreira após vencer um concurso de "mulher italiana mais bonita" da cidade. Como prémio, viajou para o Festival de Veneza. O seu primeiro papel foi no filme Goha, em 1958. Em 1969, Cardinale viveu um de seus maiores sucessos com o longa-metragem "Aconteceu no Oeste".
Ao longo dos anos, a atriz continuou a trabalhar em projetos cinematográficos, mas, na década de 1970, passou a atuar também em filmes para a televisão. A artista tornou-se uma lenda do cinema europeu e pouco trabalhou em Hollywood, apesar de ter participado em “A Pantera Cor-de-Rosa” (1963), “Circus World” (1964) e “The Hell With Heroes” (1968).
Segundo o website especializado IMDb, Claudia Cardinale continuou a trabalhar em cinema até 2022. No seu último ano no ativo, participou nos filmes “The Island of Forgiveness” e “Claudia”.
Em 1993, a carreira da atriz foi reconhecida pelo Festival de Veneza com o Prémio de Honra. Em 2002, ela conquistou também o Urso de Ouro honorário no Festival de Berlim. Em Portugal, Claudia Cardinale recebeu o Prémio Carreira no Festival Internacional de Cinema do Funchal.