Há 45 anos realizaram-se as primeiras eleições para o Poder Local Democrático. Um momento de enorme entusiasmo, de grande participação popular, que abriu novas perspetivas de desenvolvimento local.
O Poder Local Democrático, conquista da Revolução de Abril, constitui um dos pilares do regime democrático consagrado na Constituição da República Portuguesa, com autonomia administrativa e financeira que importa aprofundar.
É preciso prosseguir o caminho iniciado em Abril, na defesa do serviço público; na melhoria do espaço público e da mobilidade; no planeamento, no ordenamento do território e nas políticas de uso do solo de acordo com o interesse público; na preservação ambiental e na valorização do património natural e dos recursos locais; na defesa da gestão pública da água e dos resíduos; na educação; na democratização do acesso à cultura e ao desporto, na proteção do património cultural; no apoio à juventude, às crianças e aos idosos; na promoção de uma vida saudável; na valorização dos trabalhadores e das suas condições de trabalho.
É igualmente relevante dar voz à luta das populações em defesa da Escola Pública e do Serviço Nacional de Saúde, pelo direito à habitação, por melhores transportes públicos e acessibilidades, na criação de uma rede pública de creches e de equipamentos dirigidos às pessoas idosas.
Repor as freguesias extintas onde seja essa a vontade da população e criar as regiões administrativas, dando concretização ao desígnio constitucional, são essenciais para aprofundar a proximidade às populações, a participação das populações. Por outro lado, a regionalização contribui determinantemente para o desenvolvimento regional e para a eliminação das assimetrias entre territórios.
A força política com condições para corporizar estes objetivos é a CDU – Coligação Democrática Unitária. A CDU esteve sempre ao lado das populações; nunca desistiu, mesmo na adversidade e pugnou sempre pela melhoria das condições de vida das populações e pelo desenvolvimento local. Tem provas dadas pela forma distintiva no exercício do poder pelos seus eleitos, ao serviço das populações e não em benefício próprio; pelo trabalho realizado amplamente reconhecido, a honestidade e a competência; e pelo projeto com soluções para a resolução dos problemas concretos das populações. Afirma-se como um espaço de construção coletiva e de participação de milhares de pessoas sem qualquer filiação partidária, que se reveem no projeto da CDU.
A CDU é a garantia de um futuro de confiança, no plano local, com mais condições para o progresso, para a melhoria da qualidade de vida das populações e para a valorização dos trabalhadores (em que todas as autarquias da CDU atribuíram o suplemento de insalubridade e penosidade aos trabalhadores e que não abrangeu todos os setores porque o PS impediu). A CDU é também garantia de um futuro de confiança no plano nacional. Com mais força, há mais condições na luta pela valorização dos salários e das pensões, na defesa dos direitos dos trabalhadores e da eliminação das normas gravosas do Código de Trabalho, no reforço da Escola Pública, do Serviço Nacional de Saúde, da proteção social, do acesso à habitação, pela mobilidade e por melhores transportes públicos.