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“Andar dez quilómetros? Deambular perdido? É uma brutalidade”: especialistas espantados com Noah mas preocupados com “alguma negligência”

Noah tem pouco mais de dois anos e depois de 36 horas desaparecido em Proença-a-Velha foi encontrado sozinho, bem e estável. Um pedopsiquiatra e uma psicóloga ouvidos pelo Expresso explicam que tem de haver um grande nível de desenvolvimento motor e psicológico para fazer o que esta criança aparentemente terá feito - e dizem que a situação familiar deve ser avaliada pelas autoridades competentes. “Há uma fronteira entre a estimulação ao contacto com a natureza e o que é a negligência”

Um dos momentos das buscas pela criança. Operação envolveu vários militares da GNR
Luís Sousa

Entre os dois e os três anos não é habitual que uma criança se consiga vestir sozinha. Calçar-se também não é expectável. Mais: dificilmente tem o desenvolvimento motor e psicológico para se levantar da cama, sair de casa. Mais improvável ainda é andar vários quilómetros durante 36 horas e ser encontrada “bem e viva”, como descreveu a GNR de Castelo Branco menos de uma hora depois de encontrar Noah, a criança de dois anos que estava desaparecida desde quarta-feira em Proença-a-Velha.