Vasco criou um “museu de dinossauros” feito de cartão e pequenos troncos num par de horas. Laura está há outras tantas com as mãos enlameadas a dar nova cor às árvores. João acaba de se esconder numa tenda — “preciso de estar um bocadinho sozinho a descansar”. Cerca de 30 crianças entre os 3 e os 12 anos espalham-se por duas grandes clareiras na mata do Parque Quinta das Conchas, em Lisboa. Mesmo que à primeira vista não pareça, estão na escola.
A forest school (escola da floresta) é não só o espaço onde ocupam o dia como o conceito pedagógico que guia estas sessões ao ar livre. Em vez das quatro paredes das salas, dos ginásios, têm a rua, o vento, o sol, a chuva, um espaço delimitado por marcas coloridas penduradas aqui e além. Em vez de portas com trancas, têm árvores espaçadas, onde se abre caminho para mais uma manhã de escola. “Bom dia, floresta, podemos entrar?”