Sociedade

Adjunto do secretário de Estado da Proteção Civil indicou empresas para fabrico de golas antifumo

Foi Francisco José Ferreira, adjunto do secretário de Estado da Protecção Civil, José Artur Neves, e presidente da concelhia do PS/Arouca, quem recomendou as empresas para fabrico dos kits de proteção contra incêndios

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/Lusa

Expresso

Foi Francisco José Ferreira, adjunto do secretário de Estado da Protecção Civil, José Artur Neves, e presidente da concelhia do PS/Arouca, quem recomendou as empresas - Foxtrot Aventura e Brain One, Lda - para a compra das 70 mil golas antifumo inflamáveis e restantes elementos do kit da Protecção Civil, que foi entregue às 1909 povoações do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”. Esta notícia é avançada pelo “Jornal de Notícias” esta segunda-feira.

Os contratos foram coordenados pela Secretaria de Estado da Protecção Civil. Francisco José Ferreira, 30 anos e com o 12.º ano, foi nomeado por Artur Neves como “técnico especialista” em dezembro de 2017. Antes, era padeiro numa pastelaria em Vila Nova de Gaia, propriedade do irmão, revela o jornal.

Recorde-se: a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) pagou (pelos kits de proteção de incêndios) 350 mil euros às empresas Fotxtrot Aventura - propriedade do marido de uma autarca do PS de Guimarães - e à Brain One, Lda, cujos donos têm, há vários anos, adjudicações da Câmara de Arouca, localidade onde Artur Neves foi autarca durante doze anos, até ir para o Governo.

Cabrita diz que polémica das golas inflamáveis é “controvérsia estéril”

Eduardo Cabrita voltou ontem a pronunciar-se sobre a polémica das golas antifumo inflamáveis. O ministro da Administração Interna falou sobre o caso na cerimónia comemorativa do 125.º Aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Sul e Sueste, no Barreiro.

“Quando todos os portugueses sabem que neste ano especial não é este um tema para conflitualidade pré-eleitoral. Não é este um tema para controvérsia estéril. Este é um tema em torno do qual salvar vidas, defender a integridade das nossas aldeias, a integridade das populações, todos temos de nos unir em torno da estrutura de Proteção Civil e em torno daqueles que aqui como em todo o país, são a coluna vertebral e o primeiro braço dessa resposta, os bombeiros voluntários”, afirmou Eduardo Cabrita.