Energia é sinónimo de civilização e desenvolvimento. Num princípio, eram a combustão do carbono (madeira, carvão), os moinhos de vento e as noras de água. A invenção, no final do século XVII, da máquina a vapor originou a I Revolução Industrial que permitiu substituir uma matéria-prima de construção (madeira), por outra (ferro), mais resiliente. A combustão do carvão aquece a água da caldeira e o trabalho da força de pressão do vapor pode ser usado para produzir movimento mecânico (por exemplo, acionando a bomba de extração de água das minas de carvão ou de minério de ferro). Infelizmente, no que respeita à energia, Portugal andou sempre atrasado. A máquina a vapor (ou do fogo) era vista como um engenho infernal, condenado pela Inquisição; por cá, só começou a ser utilizada nos anos 1820. Por essa altura, Michael Faraday estava em vias de iniciar nova revolução energética com a invenção do dínamo elétrico (que converte a energia do movimento rotacional em eletricidade). Estava aberto o caminho à utilização moderna das energias hidroelétrica e eólica. A descoberta da corrente alternada em 1832 facilitou a distribuição da eletricidade a longa distância. Em Portugal, a opção pela energia hidroelétrica (barragens nos rios Zêzere, Cávado, etc.) data dos anos 1940-50, por ação do ministro José Ferreira Dias (coincidindo com o início da era nuclear).
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Átomos para a guerra, átomos para a paz: as duas caras da energia nuclear explicadas a partir de 21 cartazes icónicos
80 anos depois de Hiroshima, com Rússia e Israel envolvidos em conflitos bélicos, voltamos a olhar para o potencial e o perigo da energia nuclear. Jorge Calado, crítico de arte e professor emérito do Instituto Superior Técnico, visitou a exposição de cartazes sobre o tema na Poster House, em Nova Iorque, e explica as duas caras do nuclear