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Arquitetura balnear: construções de um verão

As comunidades urbanas descobriram e exploraram as atividades lúdicas e de lazer desde há muito, por via do turismo e da viagem — articuladas com as temáticas do termalismo, da vilegiatura e, posteriormente, das férias — e associadas, por vezes em obras notáveis, à arquitetura

Hotel Palácio, no Estoril, com projetos sucessivos por Henri Martinet, Silva Júnior e Raul Jourde, abriu em 1930
D.R.

A vilegiatura — palavra em desuso que mais não significa do que a temporada que se passa fora das grandes cidades, no campo ou na praia; veraneio — foi desenvolvida a partir da época da Revolução Industrial, quando os mais abastados podiam viajar com grande liberdade de movimentos, provindos sobretudo do espaço anglo-saxónico e da Europa do norte e central, de países cujos avanços tecnológicos a isso propiciavam. Essa fase das elites que então “descobriam o mundo antigo e atrasado” do sul e dos outros continentes, exótico e pré-industrial, deu gradualmente lugar ao turismo mais amplo, e finalmente massificado, do nosso tempo.