Identificar e abater mísseis aéreos inimigos em tempo real, numa área que poderá chegar a 500 quilómetros em mar aberto, a partir de um sistema de combate para navios militares desenvolvido em Portugal, é possível desde 2022, e já há Armadas europeias a usá-lo: a francesa, a inglesa, a alemã e a polaca. Portugal produz tecnologia de ponta na área da Defesa em Paço de Arcos, a seis quilómetros da base de comando naval da NATO, liderada pelo vice-almirante norte-americano Jeffrey Andersen, onde uma equipa de 50 engenheiros da Thales Edisoft (quase todos portugueses) dá vida a sistemas de defesa e ataque naval. Usada em embarcações militares, em missões de patrulha ou em teatro de guerra, a tecnologia made in Portugal tem capacidade para monitorizar o espaço aéreo e marítimo, identificar todos os alvos que estão sob a sua mira e intercetar ameaças. É, na prática, o cérebro do navio. “O que fazemos dentro da Thales Edisoft, a partir de Paço de Arcos, é muito competitivo. Os engenheiros que cá temos são os melhores. Estão aqui mas podiam estar em qualquer empresa de Defesa de topo do mundo”, salienta Sérgio Barbedo, o presidente da Thales Edisoft, orgulhoso de uma equipa que “trabalha em sistemas críticos de alta segurança” e que coloca o país ao nível do mais sofisticado que se faz nesta indústria.
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O jogo recomeça na Defesa europeia, o que poderá Portugal oferecer? Tecnologia
Vão ser precisos investimentos colossais e muitos anos para a Europa ombrear com os gigantes mundiais. Sem escala, mas com projetos interessantes em nichos de mercado e o primeiro unicórnio no sector da Defesa, é na área tecnológica que Portugal poderá contribuir mais para a reindustrialização europeia