É uma tarde cinzenta e fria no Porto, mas parece verão para Virgínia Dignum, habituada há vários anos ao clima gélido da Suécia, onde é professora catedrática de Inteligência Artificial Responsável na Universidade de Umeå. Nascida em Lisboa há 60 anos, mudou-se em 1987 para os Países Baixos, após concluir a licenciatura em Matemática Aplicada. “E também porque tinha encontrado, entretanto, um neerlandês. Foi mais uma razão para ir”, conta, entre risos, ao Expresso. Foi em Amesterdão que desenvolveu os primeiros sistemas de inteligência artificial, muito diferentes dos atuais.
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“A IA é um carro sem travões, guiado sem carta de condução, numa rua sem sinais”, alerta a especialista portuguesa Virgínia Dignum
“Inteligência artificial é o pior nome que podíamos ter arranjado para isto.” Quem o diz é a portuguesa Virgínia Dignum, radicada na Suécia, onde é professora catedrática de Inteligência Artificial Responsável na Universidade de Umeå. Integra também o Conselho Consultivo da ONU sobre IA e esteve no Porto à conversa com o Expresso. Longa entrevista com as potencialidades e os riscos da IA