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Salvação da espécie ou exploração de recursos: afinal, o que procuramos no espaço?

Elon Musk, dono da Space X, diz que a Terra está condenada e que é preciso investir na capacidade para levar humanos daqui para fora, nomeadamente para Marte. Jeff Bezos, seu rival na Blue Origin, quer colonizar a Lua e construir gigantescas colónias residenciais em órbita. Os recursos que vão sendo identificados em diversos corpos celestes aguçam a cobiça dos privados. O espaço está a ficar mais barato e o tráfego em órbita ameaça tornar-se caótico. Onde fica a ciência no meio disto tudo?

As décadas mais recentes da exploração espacial traçaram um novo paradigma no sector. A corrida ao espaço sempre foi o reflexo das ambições geoestratégicas das grandes potências (a URSS e os EUA, primeiro; agora a China e os norte-americanos), mas o século XXI colocou os privados na vanguarda do processo. Olha-se para o espaço não tanto pelo potencial de conhecimento que nos pode trazer, mas cada vez mais pela riqueza de recursos que pode oferecer e como alternativa a um planeta Terra que o “vírus” humano tem explorado sem escrúpulos.