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Rebeldes com causa: como lidar com os ativistas climáticos

Pela Europa fora, os tribunais e os governos olham com severidade crescente para os bloqueios de estradas e outros protestos de ativistas climáticos que procuram chamar a atenção para a urgência da sua causa. Manifestantes e juristas de vários países esboçam um panorama da situação e do que torna diferente, ou não, este tipo de ‘crime’

Elementos do grupo Ultima Generazione são detidos pela polícia italiana na Toscânia após uma ação de protesto
Laura Lezza/Getty Images

Bloquear vias de acesso às cidades em hora de ponta, ainda que em nome de uma causa importante, não é o género de atitude que desperte simpatia na generalidade dos cidadãos. Mesmo que se aprecie o idealismo de jovens ativistas (na maioria são jovens) em movimentos como o Climáximo, é natural pensar que muitos deles não terão provavelmente as responsabilidades e os constrangimentos da vida adulta que a maioria das pessoas tem. É inevitável, também, achar que poderá haver outras formas, talvez mais persuasivas, de eles se fazerem ouvir. Mas são esses exatos pressupostos que as referidas ações põem em questão.