Durante dois dias com o veleiro fundeado à frente de Portimão e vista para os prédios da Praia da Rocha — um alerta de mau tempo obrigara à vinda para perto da costa, num regresso feito de encontrões, pratos a tombar e alguns enjoos causados por ondas de quatro metros —, desesperou-se pela autorização do comandante para nova partida. É estranho estar tantas horas dentro de um barco e ele não ir para lado nenhum. “É estranho estar dentro de um barco e não entrar dentro de água”, contrapunha Joaquim Parrinha, um dos experientes mergulhadores ao serviço da expedição. A âncora acabou por ser levantada numa sexta-feira à noite e mais de 30 horas depois, ainda com alguns balanços a dificultarem a dormida, o “Santa Maria Manuela” (“SMM”) conseguiu chegar, de novo, ao banco de Gorringe.
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Um mergulho na montanha mais alta da Europa Ocidental, que fica no fundo do mar do Algarve
O Expresso esteve cinco dias no Atlântico, a bordo do navio “Santa Maria Manuela”, o mítico ex-bacalhoeiro de quatro mastros, e acompanhou a maior expedição feita no monte submarino Gorringe, a montanha mais alta da Europa Ocidental