Em 29 de junho, Giorgia Meloni votou em nome da Itália contra António Costa para presidente do Conselho da União Europeia (UE). Este é o órgão máximo dos Chefes de Estado e de Governo que dirige a UE. Costa era o favorito da maioria que governou a UE desde a sua fundação em 1957, em Roma: conservadores (PPE), sociais-democratas (PSE) e liberais (Renovar). Meloni não votou contra António Costa por não gostar dele como político ou como pessoa — nem sequer se conhecem bem — mas por uma birra, ou melhor, por uma grande, grande raiva. Uma deceção, uma desilusão, o fracasso de uma tática política.
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Quem é Giorgia Meloni, a mulher que sonhou liderar a extrema-direita europeia
Derrotada na Europa, contestada no plano interno, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, aposta tudo em grandes reformas estruturais: a transformação do sistema judicial, a eleição direta do chefe do Governo e a autonomia total das 27 regiões do país