Tudo parecia estar preparado para que Paolo Giordano fosse um físico teórico. Doutorado na Universidade de Turim em Física de Partículas, chegou a trabalhar nesse campo como investigador no Instituto Nacional de Física Nuclear italiano. Mas um dia começou a escrever um livro, a que chamou “A Solidão dos Números Primos”, publicado em 2008 e traduzido para 30 idiomas. Com ele, aos 26 anos, tornou-se o mais jovem vencedor do Prémio Strega — a maior distinção literária para escritores da sua língua. A partir daí vieram outros romances, como “O Corpo Humano” (Bertrand), “Negro e Prata” e “Devorar o Céu”, ou ensaios, como “Frente ao Contágio” (Relógio D’Água). Colabora regularmente com o jornal “Corriere della Sera”.
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Paolo Giordano, autor de "A Solidão dos Números Primos", em entrevista: “A idade da mulher é o último tabu”
Paolo Giordano: Foi o mais jovem vencedor do Prémio Strega, que recebeu com apenas 26 anos. Isso determinou que abandonasse a Física de Partículas, em que se formara, para fazer parte a tempo inteiro do universo “menos previsível” da escrita literária. Há uns meses, “Tasmânia”, considerado um dos livros de 2022 em Itália, saiu em Portugal. Foi o mote para uma conversa exclusiva com o Expresso