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Vinhos

A campanha antiálcool tende a meter tudo no mesmo saco (bebidas com 13% de álcool e outras com 50%) mas isso não é sério

Pode-se viver sem vinho? Qualquer muçulmano nos dirá que sim, mas a verdade é que... não é a mesma coisa! Há uma tendência fundamentalista e talibã em muitas destas campanhas que se juntam à atual tendência doentia do politicamente correto. A nós, consumidores atentos e informados, resta-nos resistir

rostislav sedlacek/getty images

Já não vai faltar muito para que as novas regras da rotulagem cheguem ao sector do vinho. A alteração mais significativa tem a ver com a indicação obrigatória dos constituintes do vinho. Já não vai chegar dizer que é branco ou tinto, que tem ou não sulfitos e que é adaptado a grávidas ou não. Também não será suficiente dizer que é bio ou vegan friendly. Chegará em breve a regra que obrigará a que tudo o que for utilizado no vinho tenha de ser discriminado no rótulo, muito provavelmente no contrarrótulo.

Faz sentido, já que o vinho não se pode colocar acima de outros produtos que são comercializados, e a informação ao consumidor só pode assustar quem trabalha com pouco profissionalismo e idoneidade. E, convenhamos, os bolos que se vendem perto das caixas do supermercado não se deixaram de vender por revelarem uma infinidade de ingredientes e produtos químicos e mais conservantes e estabilizantes e vestígios disto e daquilo.