Autárquicas 2025

Alexandra Leitão acusa Moedas de só falar aos lisboetas “para insultar e não para dar soluções”

A candidata da coligação de esquerda à Câmara de Lisboa lamentou o facto de a reunião do executivo de Lisboa desta segunda-feira ter acontecido a pedido do PCP, e não por iniciativa do presidente da autarquia, e reiterou que pedir esclarecimentos “não é aproveitamento político”

Alexandra Leitão
TIAGO MIRANDA

Alexandra Leitão voltou a criticar o presidente da Câmara de Lisboa e lamentou as suas declarações na entrevista à SIC, considerando esta segunda-feira que Carlos Moedas só falou aos lisboetas “para insultar e não para dar soluções” após o descarrilamento do Elevador da Glória na semana passada.

Aos jornalistas, durante uma ação de campanha para as eleições autárquicas em Lisboa, a candidata da coligação liderada pelo PS insistiu que apontar as falhas técnicas já descobertas “não é aproveitamento político” e que “pedir esclarecimentos é o que é exigido para que as pessoas restaurem a confiança nas estruturas municipais e para honrar as vítimas”. Alexandra Leitão também sublinhou que não pediu a demissão de Carlos Moedas, mas preferiu “acentuar o facto de, na sequência da tragédia, termos tido 96 horas de inação do presidente da Câmara Municipal de Lisboa”.

“Não convocou o executivo, que reuniu por iniciativa de outro partido, e foi para o Conselho de Ministros [na quinta-feira]. Se isso é ir para o terreno, tenho dúvidas, e foi para o Conselho de Ministros não se percebeu bem fazer o quê”, atirou Leitão, mencionando a curta reunião do Governo em que Carlos Moedas participou, da qual não foram anunciadas medidas e de onde saiu uma declaração sem direito a perguntas dos jornalistas.

Leitão acrescentou que a reunião camarária desta manhã “está a ocorrer porque outro partido a pediu, não porque o presidente da Câmara tivesse entendido convocar o executivo”. “Só o fez a reboque de outros partidos políticos”, disse, referindo-se à reunião extraordinária feita a pedido de João Ferreira, vereador sem pelouro do PCP.

A candidata à Câmara de Lisboa enumerou ainda várias medidas propostas pelo PS, como um gabinete de apoio às vítimas ou a realização de “auditorias aos protocolos de vistorias dos elevadores”, além de sugerir um diálogo entre a Ordem dos Engenheiros, os técnicos especializados e as universidades para “pensar em soluções” e em transportes alternativos, enquanto os funiculares continuam fora de funcionamento.