Autarquias

Elevador da Glória: “vice” de Moedas propõe fundo municipal de apoio às vítimas e pede que não haja “aproveitamento político”

Anacoreta Correia entende que o executivo municipal está aberto às propostas de outros partidos e quer que a Carris assuma "responsabilidades sociais" após o acidente

Ana Baião

Anacoreta Correia, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, conversou com jornalistas esta segunda-feira para anunciar algumas das medidas que serão propostas pelo executivo municipal após o descarrilamento do Elevador da Glória, que deixou 16 mortos na última semana.

"Temos uma proposta de apoio, de resposta imediata, em termos da criação e um fundo municipal de apoio às vítimas ligadas a este acidente", começou. "Há uma preocupação também de homenagem e reconhecimento, nomeadamente ao guarda-freios, que propomos o nome de uma rua e a criação de um memorial coletivo".

Para facilitar o acesso da população à investigação do caso, Correia defende a criação de um "portal de transparência em que possamos disponibilizar toda a informação, todos os documentos, que neste âmbito sejam solicitados".

O futuro do Elevador da Glória como o país conhecia, contudo, é incerto. O vice-presidente da Câmara Municipal entende que deve ser feita "uma avaliação para o futuro, constituindo uma equipa para a concepção do novo sistema tecnológico". Segundo o executivo, um novo sistema deve possuir "garantias inequívocas de segurança".

Algumas propostas, como a homenagem às vítimas, aproximam-se das medidas pedidas pelo Partido Socialista. Correia entende que o executivo está aberto para receber sugestões da oposição. Mas este foi o único comentário político durante a conferência de imprensa, um vez que, para o vice-presidente municipal, "este momento trágico não pode ser um momento de aproveitamento político, deve ser um momento de união".

Por fim, Anacoreta Correia garantiu também fazer recomendações à Carris. Para o executivo, a empresa precisa "assumir algumas respostas sociais" após o acidente.