O presidente da Câmara Municipal de Lisboa promete uma "investigação até às últimas consequências" sobre a causa do descarrilamento do ascensor da Glória, e aconselha a que não se tirem "conclusões precipitadas" nem se façam “especulações”. Carlos Moedas referia-se ao novo dado avançado pelo Expresso esta sexta-feira, de que a mudança para um cabo com núcleo de plástico feita há seis anos pode estar na origem do acidente.
"Uma decisão tomada há 6 anos pode ter tido impacto, mas eu não quero especular", disse Carlos Moedas aos jornalistas à margem de uma reunião com a polícia municipal, sublinhando que há uma investigação externa em curso que deverá apurar as origens do acidente. Antes de se conhecerem as conclusões, é preciso cautela com as "conclusões precipitadas", disse, numa altura em que está debaixo de fogo pela gestão que tem feito desta crise, que aconteceu em vésperas de eleições autárquicas.
Segundo Moedas, "os dados novos têm a ver com uma mudança de cabo há 6 anos, e isso mostra a importância da investigação, que tem de olhar para a linha do tempo, mas houve muitas informações que vieram a público e que não foram verificadas", disse, reforçando que a "mudança do tipo de cabo vai ter de ser investigada".
Quanto ao que vai acontecer aos ascensores da capital, Moedas reforça que há uma equipa a trabalhar em nova tecnologia e que, entretanto, foram criadas soluções de transporte alternativas.