Pedro Passos Coelho tem uma conversa agendada para 25 de março, integrada na série “Repensar Portugal”, da escola de gestão INSEAD. O objetivo é conhecer a visão do ex-primeiro-ministro quanto aos “problemas e desafios que Portugal enfrenta na atual conjuntura”. A participação de Passos Coelho será via Zoom, a partir das 18h, daqui a exatamente um mês.
O nome do antigo chefe de Governo tem sido muito falado nos últimos tempos, com muitos sociais-democratas a manifestarem abertamente o desejo pelo seu regresso. Em entrevista ao jornal “Público” e à Rádio Renascença, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, diz esta quinta-feira que “Passos Coelho não é passado, é presente”.
O atual líder do PSD, Rui Rio, entrevistado na semana passada pela Rádio Observador, afirmou que tem falado “pouco” com Passos Coelho. “Falámos desde que ele saiu e eu entrei, mas pouco”, atalhou, sem adiantar o conteúdo das conversas: “Isso é da relação dos dois”. Rio acabou, ainda assim, por elogiar o silêncio do ex-primeiro-ministro. “Ele não anda aí, e bem, a meter-se e a falar e a querer intervir”, afirmou. Quanto à possibilidade de Passos Coelho voltar à liderança do PSD, Rio atirou: “Isso tem de lhe perguntar a ele, não a mim”.
A 18 de dezembro do ano passado, Passos Coelho fez a sua mais recente intervenção pública, defendendo o seu legado e atacando a “inação”, o “passa-culpas” e os “populismos” do atual Governo socialista. O ex-governante aproveitou então uma conferência na Academia das Ciências, em Lisboa, para, ao longo de um discurso de 14 páginas escritas, arrasar o Executivo de António Costa na gestão de casos como a TAP, a morte de um cidadão ucraniano nas instalações do SEF ou as avaliações na educação.