Política

Carlos Carreiras: “Passos Coelho não é o passado, é o presente”

Em entrevista ao “Público” e à “Renascença”, o presidente da Câmara de Cascais lançou críticas a Rui Rio e rejeitou qualquer coligação com o partido de André Ventura. “Dos poucos dirigentes que eu possa conhecer em Cascais, são muito mais radicais do que o próprio líder do Chega”

Carlos Carreiras

Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, admite que estará "na primeira fila" se e quando Passos Coelho regressar à liderança do PSD e, em entrevista ao "Público" e à "Renascença", teceu várias críticas ao atual líder dos sociais democratas. "Tem havido uma preocupação maior em fazer oposição a militantes do PSD do que uma oposição maior ao próprio Governo na apresentação e afirmação de uma política alternativa", refere Carlos Carreiras em relação a Rui Rio.

Sobre o futuro da liderança do PSD, o autarca de Cascais diz não ter dúvidas: "Passos Coelho não é o passado, é o presente". "Se ele tiver essa vontade, esse ensejo, acho que o país não pode desperdiçar um homem com as capacidades dele", acrescentou.

Durante a entrevista ao "Público" e à "Renascença", Carlos Carreiras falou ainda sobre o acordo autárquico que o PSD tem com o CDS em Cascais e rejeitou qualquer coligação com o partido de André Ventura. "O partido Chega é um partido unipessoal, ainda não tem uma implantação local forte. Dos poucos dirigentes que eu possa conhecer em Cascais, são muito mais radicais do que o próprio líder do Chega."

O atual presidente da Câmara Municipal de Cascais assumiu que o PSD não deve "alinhar nem dar boleias a radicais". "Não consigo fazer uma distinção entre quem possa ter inspirações hitlerianas e alguém que possa ter inspirações estalinistas. Foram dois monstros que tivemos."