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Política

Fundos europeus. António Costa e o seu MNE desafinam na Europa

O primeiro-ministro atropelou o ministro dos Negócios Estrangeiros, mas já o tinha feito com Centeno. O assunto é comum: fundos europeus

RODRIGO ANTUNES/LUSA

Augusto Santos Silva passou a ministro de Estado e número três em outubro, mas a alteração na hierarquia trouxe menos sintonia com o chefe de Governo. Em poucos meses, contam-se já vários casos em que o primeiro-ministro vem a público corrigir uma posição do ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE). A última chegou esta semana, por causa da Hungria — mais precisamente por causa da ameaça de veto de Viktor Orbán aos novos fundos comunitários, caso estes estejam condicionados ao seu respeito pelos princípios democráticos da União Europeia.

A polémica teve impacto até fora de portas: depois de, nas reuniões preparatórias do Conselho Europeu, o MNE ter dado aval à proposta da Comissão Europeia (de condicionar a distribuição de fundos ao respeito pelo Estado de direito), numa visita a Budapeste António Costa defendeu que a discussão sobre se a Hungria respeita o Estado de direito não deve ter essa condição. A frase de Costa teve ‘honras’ de destaque (crítico) nos media europeus e mereceu uma resposta de Bruxelas: “Os europeus têm de ter a certeza de que o dinheiro público que vai financiar a retoma é gasto com a garantia de que o Estado de direito é respeitado”, disse ao Expresso o porta-voz da Comissão Europeia.

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