Donald Trump nunca teve um cão na vida. Nem gato. Sim, ele é uma dessas pessoas. Em 118 anos foi o primeiro ocupante da Casa Branca a não possuir um animal de estimação. Andrew Johnson (1865-69) é suposto ter tido um rato durante o processo de destituição. Sou obrigado a reconhecer que Trump parece ter captado melhor o “espírito do tempo” do que alguns veterinários que — juro — parecem não saber lidar com humanos. Ou perderam a sensibilidade ou estão assustados com a relação excessiva que os donos têm com os bichos.
Formam-se partidos que se alimentam do amor pelos animais e os próprios políticos já perceberam como qualquer emoção pode ser manipulada e politizada. E se é assim chame-se Trump, que sabe fazer isto como ninguém — mesmo que tenha publicamente detestado o único cão com que conviveu, o da primeira mulher, Ivana. No momento em que escrevo, segunda-feira de manhã, leio algures que o Presidente americano irá “em breve” receber na Casa Branca, vindo propositadamente do Médio Oriente onde se encontrava a restabelecer da última missão, “Conan”, o malinois belga que participou no raide que matou o líder do Daesh, al-Bagdadi. Dito assim, dirão: qual o problema?
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