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Opinião

“No país onde os homens são só até ao joelho”

Nada como o surrealismo para nos recordar que a realidade pode ser surrealista a um nível que nem os mais destacados representantes dessa corrente, como Mário Cesariny (a quem ‘roubei’ o título), poderiam supor

Vamos falar das eleições, como fugir? A sua existência, já de si, era surrealista. Um partido – não por acaso o Chega – viu fumos de escândalo numa empresa que o primeiro-ministro tinha em casa e que poderia (sublinho o condicional) servir para ações ilícitas. Propôs uma Comissão de Inquérito Parlamentar (que é o que se faz quando não se tem nada de verdadeiramente substancial para fazer), mas o plenário do Parlamento reprovou essa pretensão. Tal não obstou a que, agora singular, deputada do BE, Mariana Mortágua, e outros – incluindo a larga secção do Bloco de Esquerda que o PS deixou que se instalasse dentro do partido – entendesse que era boa ideia continuar a puxar pelo caso. E assim fez!