Gosto de ver com as miúdas um filme chamado “A Bússola Dourada”. Neste universo paralelo, cada pessoa tem um espírito (daemon) ao seu lado que assume a forma de um animal; no fundo, o daemon é a consubstanciação da alma ou de parte da alma, é o grilo falante, a consciência com quem discutimos na nossa cabeça. Aquilo que seria um monólogo passa a ser um diálogo entre criança e corvo, criança e rato, etc. Nos adultos, o animal já tem a forma definitiva; nos jovens, o animal vai mudando de espectro numa representação visual das mudanças mentais que a nossa personalidade atravessa na adolescência. Este daemon é uma parte inalienável da pessoa, o vizinho do lado não pode comprar um daemon espetacular de outra pessoa porque não foi ele quem o criou. Se for cortado da pessoa que o criou, o daemon morre.
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