Chef Tiger

Francesinha com picanha

Tempo de confeção: 55 minutos | 2 pessoas

Chef Tiger

INGREDIENTES PARA A SANDES

• 4 fatias de pão de forma
• 4 fatias de picanha
• 4 fatias de paio do lombo
• 10 fatias de queijo flamengo

INGREDIENTES PARA O MOLHO

• 2 fatias de presunto
• 1 cebola
• 1 dente de alho
• 1 folha de louro
• 4 colheres (de sopa) de polpa de tomate em pedaços
• 1 cerveja preta
• 0,5 l de caldo de legumes
• 1 dl de vinho do Porto
• 0,5 dl de conhaque
• 1 colher (de sobremesa) de farinha maizena
• Molho inglês q.b.
• Piripiri q.b.
• Azeite e sal q.b.

PREPARAÇÃO

Comece por preparar o molho: refogue a cebola e o alho no azeite, com a folha de louro.

Acrescente o presunto e o tomate. Envolva bem e adicione a cerveja, o caldo de legumes o molho inglês e o piripiri. Deixe cozinhar em lume médio cerca de 30 minutos.

Retire metade do presunto e a folha de louro, triture e passe pelo coador. Dissolva o amido de milho num pouco de água e misture no molho. Adicione o vinho do Porto e o conhaque e deixe engrossar.

Retire a gordura à picanha e tempere esta com sal. Grelhe rapidamente em lume forte. Proceda da mesma forma com o paio.

Corte 4 fatias de pão, retire a côdea e torre ligeiramente.

Para cada francesinha, coloque em cima da primeira fatia de pão, 1 de paio, uma de picanha e uma de queijo. Volte a colocar mais uma fatia de paio e outra de picanha.

Coloque a 2ª fatia de pão e cubra com 4 fatias de queijo.

Introduza as francesinhas no forno pré-aquecido cerca de 5 minutos ou até o queijo derreter.

Regue as francesinhas com o molho.

Chef Tiger

O seu criador foi Daniel David da Silva, natural de Terras de Bouro. Ainda jovem foi trabalhar para um restaurante em Lisboa, as Berlengas, e mais tarde emigrou para a Bélgica e França. Na altura, Daniel era já bem conhecedor da cozinha francesa e na base da francesinha terão estado as receitas de croque-madame (uma espécie de tosta mista), de croque-monsieur (outra tosta mista mas servida com molho branco e mostarda dijon) e, sobretudo, o molho welsh rarebit, conhecido por ser picante.

Abrantes Jorge, proprietário do Restaurante Regaleira, fundado em 1933, na Rua do Bonjardim, era um apaixonado do seu petisco em França e convenceu-o a vir para Portugal oferecendo-lhe sociedade o restaurante, e assim a francesinha começou a sua história no Porto, em 1953. Quando chegou à invicta, descobriu que as mulheres eram demasiado discretas para o que estava habituado, andando muito tapadas e sendo muito reservadas. “A mulher mais picante que conheço é a francesa”, dizia Daniel, e de Francesinha baptizou o petisco.

Os ingredientes eram muito importantes para o criador da Francesinha. O piri-piri, que nos anos 50 e 60 vinha de Angola ou Moçambique, o pão bijou, o fiambre, a salsicha fresca que era comprada expressamente no mercado do Bolhão, mas o verdadeiro segredo de uma boa Francesinha está no molho. Mulherengo, nunca se casou e, já com 60 anos, fugiu com uma rapariga de 20. Após a sua morte, um empregado abandonou a Regaleira e levou a receita para o Restaurante Mucaba, em Gaia, em 1963. Era o início da expansão da famosa iguaria do Porto.

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