Guerra na Ucrânia

Paulo Rangel defende "resposta muito dura" a "comportamento provocatório" da Rússia

O número dois do Governo, que está no Japão a acompanhar o primeiro-ministro, reiterou a total solidariedade com a Polónia

O ministro dos Negócios Estrangeiros está a acompanhar o primeiro-ministro em visita à China e ao Japão
ANTÓNIO COTRIM

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros defendeu esta quarta-feira que "o comportamento provocatório" da Federação Russa "tem de merecer uma resposta muito dura" por parte da União Europeia e da NATO, face à incursão de drones denunciada pela Polónia.

Paulo Rangel falava em declarações aos jornalistas em Tóquio, onde irá acompanhar a visita oficial que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, realiza ao Japão na quinta e sexta-feira.

O número dois do Governo reiterou a total solidariedade com a Polónia, que denunciou uma incursão de drones russos no seu espaço aéreo, e solicitou formalmente uma consulta urgente aos aliados da NATO, invocando o Artigo 4.º da Aliança Atlântica.

O artigo em causa prevê consultas entre as partes sempre que um dos membros da aliança de defesa considerar estar ameaçada a sua "integridade territorial, a independência política ou a segurança".

Questionado se este processo pode ser um primeiro passo para um eventual acionamento do artigo 5.º da NATO, que determina que "um ataque armado contra um Estado-membro da Aliança é considerado um ataque contra todos os Estados-membros", o número dois do Governo recusou esse cenário.

"Digo que não devemos ignorar o grau da ameaça, também digo que não devemos exponenciar para dizer que estamos nas vésperas de um artigo 5º. Não é disso que se trata, felizmente, mas obviamente que isto implica um reforço do nosso alerta e da nossa vigilância", defendeu.