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Onda de violência assola a Suécia: como o país se tornou no terceiro na Europa com mais mortes por arma de fogo?

A Suécia tem a terceira maior taxa da Europa de mortes devido a arma de fogo. Violência entre gangues, políticas de imigração falhadas e recrutamento de crianças e jovens são os maiores problemas deste fenómeno

Um homem deposita flores no local de um tiroteio fatal em Gotemburgo, na Suécia. A polícia sueca acredita que este é um dos vários crimes relacionados com gangues
ADAM IHSE/TT NEWS AGENCY/AFP via Getty Images

A Suécia teve, durante anos a fio, uma das mais baixas taxas de mortes por violência armada na Europa e foi considerada uma das nações mais seguras do Mundo. O paradigma alterou-se. Nos tempos mais recentes transformou-se num dos países europeus com o registo de mais mortes por arma de fogo, além de verificar um aumento de explosões e tiroteios. O estabelecimento de gangues, que cada vez mais procuraram atingir os familiares dos membros rivais, as políticas falhadas de integração de imigrantes e o recrutamento de crianças são alguns dos motivos que podem explicar esta crescente onda de violência, que, por enquanto, não dá sinais de diminuir.

Em 2023, morreram 55 pessoas e outras 109 ficaram feridas em tiroteios, segundo o relatório anual da polícia sueca. Ocorreram 363 tiroteios e cerca de 32% aconteceram no município de Estocolmo. Foi o segundo ano mais mortífero no país, por apenas sete mortes não superou os números registados em 2022, quando morreram 62 pessoas em 391 tiroteios.