Um A330 da Força Aérea Espanhola onde, esta quarta-feira, seguia a ministra da Defesa de Espanha, Margarita Robles, foi alvo de interferências no sistema GPS, em direção à base aérea de Siauliai, na Lituânia.
A notícia foi já confirmada pelo Ministério da Defesa de Espanha. Esta tentativa de interferência foi infrutífera, uma vez que a aeronave recebe orientações a partir de um satélite militar, explica o El Mundo.
A mesma publicação refere que este tipo de situações é comum quando se sobrevoa aquela região, tanto em aviões civis como militares, numa tentativa de desorientar os pilotos.
No aparelho seguiam também a bordo familiares dos militares destacados na base da NATO e jornalistas que acompanham a visita da ministra à base aérea, onde Robles se irá reunir com o homólogo lituano.
Espanha tem 150 militares destacados e oito caças na base da NATO na Lituânia. Segundo os últimos dados do Ministério da Defesa Nacional, Portugal é outro dos membros da Aliança Atlântica que tem 228 militares no país, além de ser responsável, através da Força Aérea, pelo patrulhamento aéreo dos países bálticos.
Este é o mais recente incidente por supostas interferências russas no espaço aéreo europeu. Em agosto, o avião em que viajava a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, também foi alvo de interferências no sistema GPS.
Dias depois, o primeiro-ministro búlgaro descartou a necessidade de investigar o incidente que envolveu o avião de Von der Leyen, que considerou "insignificante".
"Não há razão para investigá-lo", disse Rosen Zhelyazkov, que classificou o episódio de "consequência colateral, mas insignificante" da invasão russa da Ucrânia.