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Projeto Bruno e Dom

Juntos no terreno para investigarmos a pilhagem da Amazónia

As mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips levaram meia centena de jornalistas a unir esforços durante um ano, com o consórcio Forbidden Stories, para não permitir que a história deles ficasse por ali. Repórteres do Expresso juntaram-se com repórteres da Amazónia Real, uma agência de jornalismo independente em Manaus, para investigar no terreno como a grande floresta está ser destruída e o que é preciso fazer para a salvar. Um questão central e que diz respeito a todos

Festejos indígenas na Amazónia
@Alberto César Araújo/Amazônia Real

A notícia esteve em todo o lado, mas como em todas as notícias, ela veio e foi, levada pela torrente de acontecimentos e a sucessão de ciclos mediáticos. Dom Phillips, um jornalista britânico a residir no Brasil, e Bruno Pereira, um especialista em povos indígenas da Amazónia, desapareceram numa área remota junto à fronteira com o Peru no dia 5 de junho de 2022 e durante duas semanas a operação de busca para os encontrar foi acompanhada de muito perto por jornais e televisões, mas com o tempo o assunto foi perdendo importância mediática.

Poucos dias depois de os seus corpos terem sido encontrados no Vale Javari e de os autores materiais do crime terem confessado à polícia o que tinham feito, o consórcio Forbidden Stories, uma organização sem fins lucrativos sediada em Paris, começou a convocar jornalistas do Brasil e de outros países.