Internacional

Antes do Titan, outros resgates que captaram a atenção mundial

O desaparecimento do Titan atraiu a atenção um pouco por todo o mundo, nomeadamente devido a toda a história que envolve o naufrágio do Titanic. Mas não é a primeira vez que este tipo de acontecimentos é alvo de acompanhamento em direto em diferentes pontos do globo. Um dos casos mais recentes, e mediáticos, foi o resgate de 12 crianças e do seu treinador de uma gruta na Tailândia

Operação para resgatar 12 jovens futebolistas e o treinador que ficaram retidos numa gruta no norte da Tailândia, em 2018
Lusa/Pongmanat Tasiri

Em 2018, assistiu-se durante vários dias à operação para resgatar 12 crianças e o respetivo treinador de futebol, que tinham ficado presos na gruta de Tham Luang, na Tailândia. Especialistas em mergulho e exploradores profissionais de todo o mundo uniram esforços e, ao fim de 17 dias, foram bem sucedidos. Dias antes, durante as tentativas, morreu um dos mergulhadores.

Outro salvamento dramático registou-se em agosto de 2010, quando 33 mineiros da mina San José, no Chile, ficaram soterrados. Foram 69 dias, seis horas e 51 minutos presos, a cerca de 700 metros de profundidade. A cobertura mediática foi grande e o final feliz chegou a 13 de outubro, dia em que foram retirados com vida, depois de ter sido escavado um novo poço, com pouco mais de um metro de largura, por onde os mineiros foram retirados, um a um.

Já os exemplos de resgates subaquáticos concluídos com sucesso não são muitos. O salvamento mais profundo de sempre foi registado em 1973, ao largo da costa da Irlanda. O submarino canadiano Pisces III tinha-se afundado, ficando a uma profundidade de quase 490 metros. A água começou a entrar depois de uma escotilha do submarino ter sido acidentalmente aberta, conta o “The Washington Post”. O veículo efetuava uma operação de colocação de cabos telefónicos.

O oxigénio era suficiente para 72 horas (no caso do Titan eram 96), pelo que os dois tripulantes decidiram deitar-se e permanecer calados para o aproveitarem o mais possível – a estratégia permitiu prolongar o tempo para cerca de 84 horas. Navios e aeronaves do Reino Unido, Canadá e Estados Unidos estiveram envolvidos na operação e, três dias depois, a 1 de setembro, os dois homens, Roger Chapman e Roger Mallinson, foram resgatados.

Para o êxito do resgate terá sido fundamental o facto de os tripulantes serem profissionais, de o submersível ter sido localizado rapidamente, a cerca de 190 quilómetros da costa (o Titan estava a cerca de 700) e de não ter perdido as comunicações.