Em França caiu mais um primeiro-ministro. A queda não nasceu de conspirações de bastidores nem de golpes parlamentares. Foi ele próprio a traçar o desfecho, oferecendo-se a uma moção de confiança que não tinha como sobreviver. Sabia que ia perder e perdeu. O discurso, porém, foi feito como se fosse epitáfio. Um homem que sobe à tribuna já de joelhos, mas que escolhe cair de pé.
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Um epitáfio em Paris
Bayrou caiu porque falou a língua do tempo longo num continente que já só reconhece o imediato