EUA

“Que cada dia seja um segredo maravilhoso”: a carta sexualmente sugestiva para Epstein que Trump nega ter assinado

A divulgação da carta ocorre num momento de pressão bipartidária no Congresso pela divulgação dos chamados arquivos de Epstein, após anos de especulação e teorias da conspiração. Veja-a aqui

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump com Jeffrey Epstein

Os democratas do Comité de Supervisão da Câmara dos Representantes divulgaram hoje uma carta sexualmente sugestiva destinada a Jeffrey Epstein, supostamente assinada pelo atual Presidente dos Estados Unidos, o que Donald Trump nega.

"Um amigo é uma coisa maravilhosa. Feliz aniversário --- e que cada dia seja um segredo maravilhoso", lê-se na carta.

Após a divulgação da carta, o vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Taylor Budowich, publicou fotos da assinatura de Trump na rede social X e identificou a empresa controladora do The Wall Street Journal, a News Corp., escrevendo: "É hora da News Corp abrir o livro de cheques, a assinatura não é dele. DIFAMAÇÃO!".

A morte de Jeffrey Epstein, encontrado enforcado na cela da prisão, alimentou inúmeras teorias da conspiração - particularmente dentro do movimento MAGA, que apoia Donald Trump - segundo as quais foi assassinado para evitar revelações sobre figuras importantes.

A divulgação da carta ocorre num momento de pressão bipartidária no Congresso pela divulgação dos chamados arquivos de Epstein, após anos de especulação e teorias da conspiração.

Os pedidos pela divulgação dos registos partiram de republicanos, incluindo o agora vice-presidente, J.D. Vance, antes de assumir o segundo cargo mais importante do país.

Contudo, no início de julho, o Departamento Federal de Investigação (FBI) e o Departamento de Justiça (DOJ) indicaram que não há provas da existência de uma "lista de clientes" chantageados por Epstein, e que a morte do pedófilo numa prisão federal resultou de suicídio.

Tal conclusão levou a uma crise entre aliados e eleitores de Donald Trump.

Epstein suicidou-se numa prisão de Manhattan, em Nova Iorque, enquanto aguardava julgamento em 2019, sob acusações de abuso sexual e tráfico de dezenas de meninas menores de idade.

Os laços de Trump com Epstein são bem documentados, embora o Presidente tenha assegurado que não tinha conhecimento ou envolvimento nos crimes e garantido que terminou a amizade entre ambos há décadas.