“O governo chinês deve reconhecer e assumir responsabilidades pela execução em massa de manifestantes pró-democracia”, apelou esta quinta-feira a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW), em comunicado. O silenciar da memória do massacre de Tiananmen não é apenas dirigido a ativistas – os espaços e obras evocativos da data também perderam lugar. Mas há símbolos que resistem.
As universidades de Hong Kong removeram memoriais de Tiananmen, entre eles a escultura “Pillar of Shame” (Pilar da Vergonha). A obra que estava exposta na Universidade de Hong Kong desde 1997, do artista dinamarquês Jens Galschiot, foi retirada em dezembro. Apesar de lamentar a retirada da estátua, que comemorava as vítimas do massacre de Tiananmen, Jens Galschiot – que diz que todas as pessoas de Hong Kong que conhece estão na prisão ou saíram da cidade – não se mostra surpreendido com a decisão. “Sabia que um dia o iriam tirar. O Pillar of Shame ainda esteve lá muito tempo depois de prenderem pessoas. Era o último símbolo de Hong Kong ser um sítio diferente da China Continental”, disse.