O produtor norte-americano Harvey Weinstein foi esta segunda-feira considerado culpado de violação e ato sexual criminoso, dois dos crimes de que era acusado, e enfrenta uma pena de prisão que pode ir de cinco a 25 anos, no máximo. O julgamento de Weinstein começou na quarta-feira passada, 18 de fevereiro, no Supremo Tribunal de Nova Iorque, em Manhattan, tendo sido o produtor acusado de cinco crimes ocorridos entre 2006 e 2013.
Weinstein sempre alegou que todos os atos foram consentidos, mas, e segundo as notícias avançadas recentemente pela imprensa norte-americana, o júri, formado por sete homens e cinco mulheres, deliberou noutro sentido, considerando-o culpado do crime de ato sexual criminoso, por ter forçado Miriam Haley, sua ex-assistente de produção, a ter sexo oral, e violação em terceiro grau, crime que ocorreu em 2013, num hotel em Nova Iorque.
Foi ilibado, no entanto, de três acusações, duas delas de agressão sexual predatória, consideradas as mais graves e que poderiam levá-lo à prisão perpétua.
No julgamento no Supremo Tribunal de Nova Iorque testemunharam seis mulheres, embora o caso tenha sido construído em torno das denúncias de apenas duas delas (os restantes testemunhos permitiram, explica o “New York Times”, estabelecer “um padrão de comportamento”).
As primeiras queixas chegaram aos jornais há cerca de dois anos, em específico ao referido jornal norte-americano e à revista “The New Yorker”, que publicaram testemunhos de mulheres que incriminavam Weinstein. Foi a partir daí que nasceu o movimento #MeToo e surgiram ainda mais denúncias de assédio sexual envolvendo não só o produtor norte-americano como também outras pessoas.