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Dissolução, coabitação ou tudo na mesma? França na corda bamba à espera da decisão de Macron

Depois da queda do Governo de François Bayrou, segunda-feira, perante a Assembleia Nacional, os partidos politicos imaginam cenários para libertar o país da instabilidade. O campo presidencial não parece, porém, disposto a entregar o poder à esquerda

É estreita a via para Emmanuel Macron tirar o país da crise política
Win McNamee/Getty Images

O extraordinário torna-se habitual. Sucedem-se governos, França soçobra na instabilidade política e cresce por todo o país um ranger de dentes. O primeiro-ministro François Bayrou foi derrubado pelo chumbo da moção de confiança que ele próprio apresentou, esta segunda-feira. Emmanuel Macron terá de nomear novo chefe de Executivo, o quinto em três anos, terceiro em um ano, sétimo dos oito anos que leva na presidência da República. Qualquer das contagens é elucidativa… e as manobras continuam.

No núcleo do chefe de Estado não agrada a ideia de nomear uma personalidade de esquerda para o palácio de Matignon, sede da chefia do Governo. Isto apesar de a aliança Nova Frente Popular (NFP, que reúne socialistas, comunistas, ecologistas e a esquerda populista, sua maior componente) ter sido o bloco mais votado nas eleições legislativas de julho de 2024. O partido mais votado em termos individuais foi o Reagrupamento Nacional (RN, extrema-direita).